quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Os super-heróis e o 11 de setembro

Capa de The Amazing Spider-man #36
11 de setembro de 2001: doze anos se passaram, e a simples menção deste dia imediatamente evoca na memória de todos a triste imagem das — outrora orgulhosas — torres do World Trade Center sendo derrubadas por aviões sequestrados. Este dia deixou uma grande cicatriz no coração da América, e certamente tornou o mundo um lugar menos ingênuo.

Não pretendo tratar aqui de teorias de conspiração como as evocadas, por exemplo, pelo cine-documentário Zeitgeist. Antes, pretendo abordar um assunto bem mais leve, ainda que bastante relacionado ao fato: Afinal, como as maiores editoras de quadrinhos de super-heróis norte-americanas trataram o acontecido em suas páginas? 

MARVEL COMICS: A abordagem da Marvel — que tenta manter um universo mais “realista” — foi a de incluir os ataques na cronologia normal. Não é explicada a razão de os super-heróis (ou até mesmo a S.H.I.E.L.D) não terem impedido o ataque.

Antes disso, a Casa de Idéias preferiu colocar seus maiores superseres (em Amazing Spiderman #36, em uma história redigida por J. Michael Straczynski) para ajudar nos esforços de resgate. Houve até uma certa polêmica, pois em um determinado quadrinho o vilão Doutor Destino aparece chorando pela morte dos inocentes, algo que muitos leitores julgaram desnecessário.
"Entrou um cisco no meu olho"

DC COMICS: Em um universo aparentemente “divorciado” do mundo real (onde, por exemplo, Lex Luthor se elegeu presidente dos EUA), os ataques ao WTC foram simplesmente ignorados. A queda das torres pode (ou não) ter acontecido, mas os roteiristas preferiram não fazer referências ao fato nos quadrinhos da época.

Provavelmente, faltou uma boa desculpa para explicar como que — em um mundo patrulhado por um Superman e por uma penca de Lanternas Verdes — dois aviões cheios de passageiros teriam conseguido derrubar dois prédios enormes…

Além disso, Nova Iorque é raramente mencionada nos quadrinhos da DC, que são muito mais centrados em cidades fictícias como Metrópolis, Gotham, Keystone e Central City — ao contrário da Marvel, onde tudo gira em torno da ilha de Manhattan.

EM TEMPO: enquanto pesquisava para este post, me deparei com um texto muito bacana no blog Quadrinheiros que aborda quase o mesmo assunto, porém de forma bem mais aprofundada. Recomendo a todos!
"Wow!"
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