sábado, 12 de outubro de 2013

Como eram TOSCOS os velhos desenhos de Super-Heróis!

Já vou começar este post deixando bem claro que "nostalgia" é uma coisa e "tosqueira" é outra. Sim, rapaziada, eu assistia a praticamente todos esses desenhos quando garoto, e sinceramente gostava muito deles. Ocorre é que a gente cresce, amadurece...

E então, você acha os desenhos de hoje em dia muito chatos? Imagine então como era TENSO para um fã adulto assistir aos cartoons de super-heróis nos anos 80 e anteriores! Para seu deleite (ou desgosto, você é quem escolhe), o Nerd Forever traz uma sucinta lista com o que há de pior na história da animação super-heroica. Vamos nessa?

Marvel Super Heroes (Grantray-Lawrence, 1966)


Eram os loucos anos 60. Com as revistas Marvel finalmente bombando nas bancas, nada mais natural que surgisse uma adaptação televisiva das criações de Stan Lee. 

Produzida em 1966 por uma tal de Grantray-Lawrence Animation (que faliu em 1967), a série Marvel Super-Heroes era dura de engolir até mesmo para os padrões de qualidade da época.


Os personagens, por exemplo, eram tirados de fotocópias das artes dos gibis. A animação... bem, só mesmo vendo para acreditar: personagens paradões, movimentos abruptos e uma grande profusão de close-ups nos quais o personagem apenas piscava e mexia toscamente os lábios.

Superamigos (Hanna-Barbera, 1973)


Apesar de toda a nostalgia que este desenho evoca na marmanjada, não podemos tampar o sol com a peneira. Gente do céu, Superamigos era um verdadeiro LIXO!
Quer resumir este cartoon em poucas linhas? Vamos lá: Roteiros ridículos, animação malfeita, vilões idiotas, um Batman totalmente bundão, um Superman tapado, gêmeos alienígenas com poderes inúteis, tudo isso sem falar no bulliyng com o Aquaman.


Em resumo: apesar de ter apresentado os heróis da DC Comics para toda uma geração, este desenho só serviu mesmo para consolidar no subconsciente coletivo a noção de que gibis são coisa de criança!

Quarteto Fantástico (DePatie-Freleng, 1978)


Pelo jeito, os executivos dos estúdios de animação dos anos 70 não davam a menor pelota para o quesito "fidelidade ao original". Se já tivemos um desenho do Coisa sem o resto do Quarteto Fantástico (é o próximo da lista).... que tal um desenho do Quarteto sem o Tocha Humana?
Parece que na época em que este cartoon foi produzido a imagem do Tocha estava licenciada para a produção de um filme solo que acabou nunca sendo produzido ( graças a Odin!). Desta forma, nosso esquentado amigo foi substituído por um (ridículo) robozinho que atendia por H.E.R.B.I.E (sigla ultra forçada para Humanoid Experimental Robot, B- type, Integrated Electronics).


Todavia, espalhou-se que Johnny Storm teria sido vetado pelos executivos da produtora, com medo que a gurizada saísse por aí tocando fogo em tudo... 

"A" Coisa (Hanna-Barbera, 1979)


Esqueça tudo o que sabe sobre o Quarteto Fantástico e toda aquela história de raios cósmicos. Nesta versão, Ben, ou melhor, BENJY Grimm é só um nerd magrelo que (sabe-se lá como) encontra dois anéis mágicos capazes de transformá-lo em um simpático e alaranjado super-herói rochoso.

Nada de Quarteto, nada de conflitos do tipo "putz, sou um monstro, e agora?". Está versão do pedregoso tinha a capacidade de se transformar de volta em um ser humano normal a seu bel prazer. Em resumo, é um personagem totalmente diferente.



No Brasil, "a" Coisa (em terras tupiniquins, seu nome foi traduzido para o feminino) era dublada pelo grande Orlando Drummond (como esquecer do "Seu Peru", eterno dublador do Scooby Doo e do Popeye?). O desenho era exibido na extinta TV Manchete, e até seria divertido se não vilipendiasse um legado tão nobre.

Homem-Aranha e seus Incríveis Amigos (Marvel Productions, 1981)


Pobre tia May... Como a aposentadoria já não bastava mais pra sustentar a casa e o sobrinho fotógrafo, a simpática velhinha teve que alugar dois quartos em sua casa. Os inquilinos? Bob Drake (Homem de Gelo) e Angelica Jones (Flama, criada exclusivamente para este desenho e posteriormente introduzida na cronologia dos quadrinhos).
Sim, galera do mal, a casa do Peter Parker virou uma espécie de república mista de super heróis, com direito até mesmo a um alívio cômico canino, a lhasa apso Senhora Leoa. Apesar de todo absurdo da situação, este cartoon tinha lá suas qualidades. Por exemplo, o programa era cheio de inventar crossovers com os outros supercaras da Casa de Idéias.


Por lá apareceram gente como Thor, Capitão América, os X-men e até mesmo grandes vilões como o Doutor Destino! 

Homem de Ferro (Marvel Films, 1994)


Como parte da Marvel Action Hour (que também trazia episódios do Quarteto Fantástico), esta série era um verdadeiro tormento para os fãs dos quadrinhos. Com roteiros de péssima qualidade, Iron Man mais parecia uma versão (muito, mas muito) piorada do desenho do He-man, só que com o Mandarim no lugar do Esqueleto. A comparação pode parecer bizarra, mas não é: o vilão chinês tinha direito até a minions incompetentes!

A Marvel ainda tentou inovar ao misturar elementos de CGI com a animação tradicional, mas os resultados foram desastrosos. Tá duvidando, né? Veja então esta sequência na qual Tony Stark veste a armadura (e tente se segurar até o fim).


Convenhamos que o começo do vídeo não é assim tão mau pros padrões dos anos 90. O caldo só entorna mesmo quando entra o morph com a imagem 3D: o Homem de Ferro parece um boneco sem muitas articulações, tanto que é incapaz de se abaixar para pegar o próprio elmo!

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