Imagine um mundo semelhante ao real, mas habitado por animais com forma humana. Agora, exclua de sua mente tudo que você já viu nos adocicados quadrinhos Disney e similares: nessa ambientação, que é fielmente calcada no Japão da dinastia Edo (século XVI), a injustiça impera e os fracos clamam por um herói.
Perambulando pelas estradas desta fictícia Terra do Sol Nascente, encontraremos um honrado samurai de nome Miyamoto Usagi. Conhecido por muitos como Usagi Yojimbo ("Coelho Guarda-Costas"), Miyamoto é tudo menos um coelho fofinho: hábil nas artes marciais e no manejo da espada, este ronin circula sem rumo em eterna peregrinação, lutando contra os poderosos que escravizam o povo humilde e, ocasionalmente, vendendo seus serviços como mercenário.
Usagi Yojimbo foi publicado pela primeira vez em 1984, sob a batuta do cartunista nipo-americano Stan Sakai, antigo letrista de Sergio Aragonés ("Groo, o Errante"). Suas histórias são fortemente influenciadas pelo cinema japonês, em especial, pela obra de Akira Kurosawa. Além disso, Sakai também se inspirou em elementos do mangá "Lobo Solitário", de quem inclusive chegou a fazer uma paródia na história Lone Goat and Kid ("Cabra Solitária e Filhote").
Conta-se que o plano original para a série teria sido uma adaptação da biografia do histórico samurai Miyamoto Musashi, com personagens humanos mesmo. Parece que, em um singelo instante de ócio criativo, Sakai teria desenhado um coelho com as orelhas amarradas para cima, formando uma espécie de penteado samurai. Graças a este esboço, Sakai teria mudado de idéia: estava criado o "coelho marrento" que os fãs adoram.
Quase trinta anos se passaram, e a série já contabiliza 27 livros lançados, longevidade que chama atenção em se tratando de quadrinhos independentes. Nas palavras do autor: "Acho que naquela época o número de gibis em preto e branco bem-sucedidos podiam ser contados com os dedos de uma mão: Elfquest, Cerebus, Grendel e talvez um ou dois outros. Pois bem, no mesmo ano, o lançamento de Tartarugas Ninja criou um BOOM para os quadrinhos P&B".
Sakai soube aproveitar a demanda, e entrou em contato com Peter Laird e Kevin Eastman, dupla criativa por trás do sucesso das Tartarugas Ninjas. Desta forma, forjou-se uma parceria que trouxe inúmeros benefícios para as duas séries. Usagi Yojimbo apareceu em diversos crossovers com os quatro guerreiros de casco, tanto nos quadrinhos como na TV.
No Brasil, a série já foi publicada pela Via Lettera, mas atualmente está sob a responsabilidade da Editora Devir. A leitura é leve e divertida, e é altamente recomendada a todo verdadeiro fã da nona arte.
Perambulando pelas estradas desta fictícia Terra do Sol Nascente, encontraremos um honrado samurai de nome Miyamoto Usagi. Conhecido por muitos como Usagi Yojimbo ("Coelho Guarda-Costas"), Miyamoto é tudo menos um coelho fofinho: hábil nas artes marciais e no manejo da espada, este ronin circula sem rumo em eterna peregrinação, lutando contra os poderosos que escravizam o povo humilde e, ocasionalmente, vendendo seus serviços como mercenário.
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| Esta semelhança certamente NÃO É mera coincidência... |
Conta-se que o plano original para a série teria sido uma adaptação da biografia do histórico samurai Miyamoto Musashi, com personagens humanos mesmo. Parece que, em um singelo instante de ócio criativo, Sakai teria desenhado um coelho com as orelhas amarradas para cima, formando uma espécie de penteado samurai. Graças a este esboço, Sakai teria mudado de idéia: estava criado o "coelho marrento" que os fãs adoram.
Quase trinta anos se passaram, e a série já contabiliza 27 livros lançados, longevidade que chama atenção em se tratando de quadrinhos independentes. Nas palavras do autor: "Acho que naquela época o número de gibis em preto e branco bem-sucedidos podiam ser contados com os dedos de uma mão: Elfquest, Cerebus, Grendel e talvez um ou dois outros. Pois bem, no mesmo ano, o lançamento de Tartarugas Ninja criou um BOOM para os quadrinhos P&B".
No Brasil, a série já foi publicada pela Via Lettera, mas atualmente está sob a responsabilidade da Editora Devir. A leitura é leve e divertida, e é altamente recomendada a todo verdadeiro fã da nona arte.
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